Pedro Nunca Esteve em Roma
Suposto "Túmulo de Pedro" em Roma. Atribuir ossos anônimos à alguém é forçar a imaginação.
A própria Enciclopédia Católica admite que, apesar da atribuição, "não tem como provar" se é
ou não o que diz que é. O mesmo acontece com a afirmação de que Pedro esteve em Roma.
A própria Enciclopédia Católica admite que, apesar da atribuição, "não tem como provar" se é
ou não o que diz que é. O mesmo acontece com a afirmação de que Pedro esteve em Roma.
Prólogo
Os que defendem a Igreja Católica afirmam que "Pedro Foi o primeiro Papa". Essa afirmação alicerça tudo o que vem da Igreja, até mesmo os seus erros.
Os católicos então, baseados nessa afirmação, se sentem seguros de que, não importa o que tenha acontecido na História, como as atrocidades da Inquisição, das corrupções de Papas, dos rumorosos casos de pedofilia entre os padres e nem como não saberem explicar a desastrosa atitude da igreja diante desses fatos na História, ela "está certa". E "está certa porque Pedro foi o primeiro Papa".
A Enciclopédia Católica (em inglês) de 1911 fala sobre essa "certeza católica": “Isto é o alicerce histórico da reivindicação da Primazia Apostólica de Pedro pelos Bispos de Roma.”
Mas para afirmar que Pedro foi Papa é preciso dizer que ele esteve em Roma, uma vez que toda a História da Igreja é ligada àquela cidade. Dizer - e comprovar - isso é de vital importância para a Igreja, já que também se afirma que "Pedro fundou a Igreja em Roma".
Assim, espera-se deste fato (de Pedro ter estado em Roma) o "apoio de uma prova histórica" fidedigna para alicerçar a igreja.
O que dizer dessa "prova histórica"? A Enciclopédia Católica afirma que esta existe, dizendo: “A residência e a morte de S. Pedro em Roma são estabelecidas além de contestação como fatos históricos por uma série de testemunhos diferentes, estendendo-se desde o fim do primeiro até o fim do segundo século.” De modo similar, a Nova Enciclopédia Católica (em inglês), com certa reserva observa: “É bastante certo que Pedro passou os seus últimos anos em Roma.”
Todavia é preciso levar em conta que estas são apenas afirmações antigas, nas quais a Enciclopédia acima citada se baseou. Estariam estas afirmações corretas só porque uma Enciclopédia disse que estão? Note que a frase "bastante certo" não fornece certeza. E a Enciclopédia não se aprofunda em pormenores sobre o assunto. Assim, analisando os fatos históricos comprovados sobre o assunto, esta pergunta será respondida nesta matéria.
Para responder à essa questão é preciso analisar o que são os citados "testemunhos diferentes", pela Enciclopédia Católica, para provar a sua afirmação?
Antes disso porém veremos o que a Bíblia, o livro onde tudo a respeito dos primórdios do cristianismo começou está escrito e no qual todos devem se basear caso queiram conhecer Cristo e o cristianismo verdadeiros. Os defensores da Igreja Católica também dizem que "a Bíblia fornece evidência de que Pedro esteve em Roma". Vejamos então essas "evidências bíblicas":
Uma Interpretação Forçada
Este texto bíblico é interpretado como se o próprio Pedro dissesse ter estado em Roma. Seria essa interpretação correta? Dizem que "Pedro estava chamando Roma de Babilônia porque as cidades se assemelhavam, segundo o que diz Apocalipse 17:5 e 18:10". Seria lógico concluir que Pedro se baseou nos escritos do Apocalipse para substituir os nomes? Não. Pois o Apocalipse foi escrito, no final do 1º Século, por João o último apóstolo vivo na época. Pedro e os outros apóstolos já estava mortos á época em que se escreveu sobre a simbólica Babilônia bíblica. Além disso o entendimento sobre o significado da Babilônia do Apocalipse não era para aquele tempo mas para tempos vindouros (Apocalipse 22:10). E há mais. Observe esses raciocínios:
A - Substituir nomes de cidades para que outros interpretassem ou adivinhassem o que estavam querendo dizer, não era próprio dos apóstolos que escreveram a Bíblia. Paulo também enviava cumprimentos aos cristãos quando lhes escrevia das cidades onde estava (Em Galácia, por exemplo [Gálatas 1:1,2]). Haveria alguma razão para Paulo substituir os nomes das cidades onde estava? Não. Tampouco o fizeram os outros escritores bíblicos, incluindo Pedro, ao escreverem suas cartas. De maneira que não há motivo válido que justifique a interpretação de que somente no texto de 1ª Pedro 5:13, houve tal modificação.
Não haveria motivo algum para Pedro ter ocultado ou disfarçado o nome de Roma. E de todas as cidades mencionadas nas cartas apostólicas esse seria o único caso. Mas suponhamos que Pedro estivesse mesmo em Roma. Também não haveria motivo para disfarçar o nome. Se assim fosse outro apóstolos teria, que realmente esteve em Roma, também evitaria escrever o nome 'Roma' em suas cartas e o apóstolo Paulo não escreveria aos "romanos", mas aos babilônicos, o que não foi o caso (Romanos 1:1).
B - Nem mesmo a literatura oficial católica fornece a certeza esperada para a interpretação. Numa nota ao pé da página, na Nova Bíblia Americana (em inglês), uma moderna tradução católica romana, identifica-se esta “Babilônia” do seguinte modo: “Roma, a qual, assim como a antiga Babilônia, conquistou Jerusalém e destruiu seu templo.”. Mas esta mesma tradução católica reconhece que, se Pedro escreveu a carta, “ela deve datar de antes de 64-67 A. D., período em que (supostamente) se deu sua execução sob Nero”. Pedro escreveria sobre Roma como a conquistadora de Jerusalém?
Dificilmente. Jerusalém só foi destruída pelos romanos em 70 E.C, depois de Pedro escrever suas cartas. De modo que, no tempo em que Pedro escreveu a sua carta, não existia nenhuma correlação entre Babilônia e Roma como conquistadores.
Conclusão Lógica:
De maneira que a ideia de que Babilônia significa Roma é uma interpretação forçada, sem apoio de fatos bíblicos comprobatórios.
Tal interpretação só satisfaz o povo comum, que não conhece a Bíblia, mas não as pessoas sinceras que querem saber a verdade.
Por isso ela foi questionada por muitos defensores católicos romanos dos séculos passados, incluindo Pedro de Marca, João Batista Mantuan, Miguel de Ceza, Marsile de Pádua, João Aventin, João Leland, Charles du Moulin, Luís Ellies Dupin e o famoso Desidério (Gerhard) Erasmo. Por exemplo, o historiador eclesiástico Dupin escreveu:
“A Primeira Epístola de Pedro é datada de Babilônia. Muitos dos antigos compreenderam este nome como significando Roma; mas não aparece nenhum motivo que pudesse induzir S. Pedro a mudar o nome de Roma para o de Babilônia. Como poderiam aqueles a quem escreveu entender que Babilônia significava Roma?”
Daú surge a pergunta: Se Pedro não esteve em Roma e esteve em Babilônia, como se prova isso?
Pedro Esteve na Babilônia?
Além das referências a “Babilônia, a Grande”, no livro de Revelação ou Apocalipse, que ainda não havia sido escrito na época de Pedro, apenas uma cidade é chamada Babilônia nas Escrituras Sagradas. Esta cidade é a própria Babilônia, situada junto ao Eufrates. Teria sido de lá que Pedro escreveu?
Sim. Embora Babilônia estivesse em decadência depois de sua queda diante dos medos e dos persas, ela continuou a existir. Havia uma considerável população judaica na vizinhança de Babilônia, nos primeiros séculos da Era Comum, aos quais Pedro foi enviado.
A enciclopédia The International Standard Bible Encyclopedia Comprova: ‘Babilônia permaneceu um foco do judaísmo oriental durante séculos, e, das discussões nas escolas rabínicas ali foi elaborado o Talmude de Jerusalém no quinto século de nossa era, e o Talmude de Babilônia, um século depois.’
Se Pedro estivesse em Roma teria dito isso de forma clara, como Paulo o fez. Ele não precisava de uma linguagem figurativa para escrever às pessoas, já que elas eram para ser lidas em público e por qualquer um. Assim não haviam razões para mudar nomes da cidades ou de qualquer outra coisa que quisessem dizer.
Pedro quis dizer exatamente o que escreveu. Isto se torna evidente da decisão que tomou alguns anos antes de escrever sua primeira carta inspirada. Numa reunião com Paulo e Barnabé, ele concordou em continuar a devotar seus esforços para divulgar o evangelho entre os judeus.
Lemos na carta de Paulo aos gálatas: “Viram que a evangelização dos incircuncisos me era confiada [i. e., a Paulo], como a dos circuncisos a Pedro, (por que aquele cuja ação fez de Pedro o Apóstolo dos circuncisos, fez também de mim o dos pagãos [gentios]). Tiago, Cefas e João, que são considerados as colunas, reconhecendo a graça que me foi dada, deram as mãos a mim e a Barnabé em sinal de pleno acordo: iríamos aos pagãos, e eles aos circuncidados [judeus].” (Gálatas. 2:7-9, versão bíblica Centro Bíblico Católico).
Por conseguinte, Pedro teria razoavelmente trabalhado num centro do judaísmo, tal como Babilônia, em vez de em Roma, com a sua população predominantemente gentia ou pagã, para onde Paulo e Barnabé foram.
Esse texto bíblico não deixa dúvidas. Pedro realmente foi enviado, pela comissão dos apóstolos, que assim achou apropriado, à Babilônia, onde estavam os judeus circuncisos e não à Roma, dos gentios e pagãos para onde Paulo foi enviado.
A Importância de Pedro entre os Apóstolos
E se Pedro foi enviado aos judeus da Babilônia e não aos pagãos de Roma. Como poderia ser Pedro enviado, caso ele fosse "o chefe" dos apóstolos?
É interessante também notar que Paulo (e nem qualquer outro apóstolo) nunca fez referência de Pedro como o mais importante dos apóstolos. Quando ele se referiu à "colunas" haviam também mais dois na mesma posição que Pedro (Tiago e João). Tampouco João, que escreveu o Apocalipse, depois da morte de Pedro, se referiu à ele como tendo sido "o chefe" ou o fundador de alguma coisa, o que certamente teria feito, caso Pedro tivesse sido mesmo o que a igreja diz dele.
Assim, nos moldes bíblicos, não há razão para dizer que ela apoia a Ideia de Pedro em Roma
Mas o que dizer de outros escritos antigos, ou os "testemunhos" mencionados pela Enciclopédia Católica no início desta matéria?
Os "Testemunhos"
1 - O Testemunho de Clemente
Analisar os ditos "testemunhos", mencionados como "provando" que Pedro esteve em Roma, implica em descobrirmos mais interpretações forçadas.
Por exemplo, diz-se que Clemente (Roma 35 - 97 - Datas convencionadas), Bispo de Roma, alegadamente o "4º Papa, "atestou a presença de Pedro em Roma" quando escreveu
“Coloquemos diante dos nossos olhos os ilustres apóstolos. Pedro, por inveja injusta, suportou não um, nem dois, mas muitos padecimentos; e quando por fim sofreu o martírio, partiu para o lugar de glória que lhe era devido. Por causa de inveja, Paulo também obteve a recompensa da perseverança paciente, depois de ter sido sete vezes lançado no cativeiro compelido a fugir e apedrejado. Depois de pregar tanto no leste como no oeste, obteve a reputação ilustre devida à sua fé, tendo ensinado a justiça ao mundo inteiro e atingido o extremo limite do oeste, e tendo sofrido o martírio sob os prefeitos.”
Sobre estes comentários, o erudito católico romano Lardner observou:
“Em vista destas passagens, acho que se pode concluir corretamente que Pedro e Paulo foram mártires em Roma, no tempo da perseguição por Nero. Pois sofreram entre os romanos, onde Clemente era bispo, e em cujo nome ele escreveu aos coríntios.
É interessante que se diz que Clemente foi "o 4º Papa" tendo vivido antes de João ter escrito Apocalipse. João no entanto, não menciona um papado entre os apóstolos em seu livro, o que teria feito com certeza, caso este fosse mesmo fato entre eles.
Voltando ao "Testemunho de Clemente". Atesta este que Pedro esteve em Roma? Não. Basta ler com mais atenção o que ele escreveu. É verdade que Clemente menciona tanto Pedro como Paulo. Mas em parte alguma do texto ele diz que ambos sofreram a morte de mártires em Roma. Refere-se apenas a Paulo como pregando “tanto no leste como no oeste”, As referências à Pedro mencionam apenas os seus padecimentos "por injusta inveja". Colocar Pedro em Roma com base no que Clemente escreveu é forçar uma interpretação, assim como fizeram com o texto bíblico de 1ª Pedro 5:13.
De modo que o testemunho de Clemente na realidade argumenta contra Pedro ter estado em Roma.
2 - O Testemunho de Inácio
Outra fonte primitiva citada em apoio da residência de Pedro em Roma é Inácio, do fim do primeiro século e princípio do segundo século E. C. Inácio disse aos cristãos em Roma:
“Eu não vos dou mandamentos, assim como Pedro e Paulo. Eles eram apóstolos; eu sou apenas um homem condenado”.
Explicando estas palavras, a Enciclopédia Católica diz: “O significado desta observação 'deve ser' que os dois Apóstolos trabalharam pessoalmente em Roma e pregaram o Evangelho ali com autoridade apostólica.”
É válida tal conclusão da Enciclopédia Católica? Ou até mesmo as palavras usadas "deve ser" indicam que se trata de uma interpretação hipotética?
Colocar Pedro e Paulo juntos em um mesmo texto indica que eles estavam em Roma? Não. Pois eles estiveram juntos também em outras localidades.
A a frase escrita não indica nem que 'estavam juntos'. Inácio somente citou dois dos 12 apóstolos, embora poderia ter citado mais. Inácio simplesmente diz que Paulo e Pedro, como apóstolos, "deram mandamentos", sem citar um lugar específico.
Além disso, deve ser lembrado que "mandamentos" podem ser dados por meio de cartas, por mensageiros ou mesmo verbalmente quando alguém é visitado por pessoas de outros lugares. Não há necessidade de que alguém transmita alguma mensagem (ou mandamento) esteja presente em pessoa na cidade onde se encontra o mandado.
Assim, este "testemunho" também nada diz sobre a pretendida presença de Pedro em Roma.
3 - O Testemunho de Irineu
No entanto, o "testemunho" que os defensores da tese "mais apreciam" é o de Irineu (130-202), bispo e teólogo grego do Séc II DC, Nele lemos:
“Mateus também forneceu um Evangelho escrito entre os hebreus, no próprio dialeto deles, enquanto Pedro e Paulo pregavam em Roma e lançavam os alicerces da Igreja.” Além disso ele colocou também uma referência à “Igreja universalmente conhecida, fundada e organizada em Roma pelos dois apóstolos mais gloriosos, Pedro e Paulo”.
Ao que tudo indica porém, Irineu nunca fez estas declarações . Por que não? Porque os seus escritos, em grego, se perderam. Não existe um único fragmento deles nos dias atuais. De maneira que tudo o que se refere à Irineu não pode ser comprovado.
Estas palavras foram atribuídas a ele e são traduzidas duma versão em latim inferior, encontrada séculos depois, quando a Igreja católica já dominava grande parte do mundo ocidental.
Um escritor latino, católico fervoroso, exatamente como fazem nos dias atuais, poderia ter facilmente criado esses pontos sobre Pedro e atribuído à Irineu.
Que tem havido falsificações similares é admitido por Luís Ellies Dupin, historiador eclesiástico, sendo ele próprio católico romano:“Os católicos inventaram histórias falsas, milagres falsos e vidas falsas dos santos para nutrir e manter a piedade dos fiéis.” - disse ele.
Entretanto, alguns defensores da veracidade dos escritos de Irineu, alegam que, "se criaram falsos escritos de Irineu, por que não criaram também de Inácio e de Clemente?" Trata-se de um raciocínio muito fraco e serve apenas para alimentar discussões inúteis, pois a resposta é óbvia: De Inácio e Clemente existem os escritos verídicos para comparações, mas não de Irineu.
Além disso há outra evidência, mais forte ainda contra as declarações supostamente feitas por Irineu. É o desacordo desses escritos com a Bíblia.
Conforme evidencia a carta de paulo aos romanos, já havia cristãos em Roma antes de o apóstolo Paulo chegar àquela cidade. Isto é reconhecido na introdução do livro dos Romanos na Nova Bíblia Americana, católica:
“Visto que nem a primitiva tradição cristã, nem a carta de Paulo aos romanos menciona um fundador da comunidade cristã em Roma, pode-se concluir que a fé cristã veio àquela cidade por meio de membros da comunidade judaica de Jerusalém, que eram conversos cristãos.”
De maneira que não há razões para se concluir que Paulo ou Pedro "fundaram alicerces" do cristianismo em Roma. Os cristãos já estavam por lá à anos.
4 - Testemunho Arqueológico
Da mesma forma como os "testemunhos" vistos acima não tem qualquer fundamento, a aparente "evidência histórica" da estada de Pedro em Roma, quando examinados de perto, também não fornecem a esperada "prova".
Escavações em Roma trouxeram à luz os restos do que se pensa ter sido um pequeno monumento funerário. Os que relacionam este monumento com um suposto túmulo de Pedro baseiam sua conclusão na presunção de que "ele esteve em Roma". Mas A Nova Enciclopédia Católica admite a respeito dos ossos encontrados ali:
“O exame anatômico e geológico indica que estes ossos são do 1.° século; entre eles encontram-se os ossos de um homem de grande estrutura. Mas não há maneira de se provar que sejam os ossos de S. Pedro.”
Atribuir ossos anônimos encontrados à uma pessoa é querer forçar a imaginação. Por isso não há evidência sólida, quer arqueológica, quer histórica, para se confirmar o requerido. Trata-se claramente de afirmações sem base sólida alguma.
Conclusão: Porque Roma?
É digno de nota que se mencione que, antes de Roma, outras cidades (como Jerusalém, Belém e Nazaré por exemplos) já haviam recebido a pregação de Pedro e juntavam expressivo número de cristãos. Caso Pedro fosse o fundador de alguma igreja não seria lógico que fosse em alguma dessas cidades ao invés da Roma?
As vezes a alegada "fundação da igreja em Roma" é atribuída, não à Pedro, mas à Jesus, que depois a "repassou para Pedro", Mas Jesus nunca esteve em Roma. Realmente o berço do cristianismo é a região da Galileia. Assim, dizer que a igreja foi "fundada em Roma" é o mesmo que dizer que "Cristo esteve em Roma", o que coloca as afirmações católicas em conflito e menospreza o rico e comprovado início da história do cristianismo na Galileia.
É curioso também que, nos dias atuais, os próprios católicos consideram como "terra santa", não Roma ou o Vaticano (este fundado somente em 1929), mas a região da Galileia, onde Jesus pregou.
Então faz-se a pergunta: Porque Roma?
A verdade é que nem Pedro e nem Jesus foram fundadores de igreja. Como vimos, Pedro nunca esteve em Roma. E ele também não pretendia ser o "Príncipe dos Apóstolos" e nem mesmo privilegiar Roma em detrimento de outras cidades.
A igreja formada em Roma nada tem a ver com os cristãos ou com a história do cristianismo. Ela é fruto de um objeto político do então Império Romano a partir do Imperador Constantino (272-337), fundada por políticos romanos no Séc IV, sendo usada como instrumento de "união" entre os povos conquistados por Roma. Não é a toa que muitos Papas, principalmente naqueles primórdios da igreja romana, foram todos eles ligados ao imperadores romanos, como sendo chefes de sua "religião oficial" do Império.
Que lógica teria a religião, alegadamente "cristã" se intitular também 'Romana', uma vez que também se diz que Pedro chamou Roma de Babilônia, justamente por ser este império que lhe causou tanto mal?
Notas:
Frases em Azul correspondem a textos de obras literárias seculares
Frases em Verde correspondem à textos bíblicos
Muito se fala muito foi escrito ! Mas a verdadeira Igreja de Cristo está nos corações dos seres humanos ! DEUS ė um so o responsável pela origem do universo ! E seus pedreiros foram os anjos ! Todo este universo está dentro do ser humano, está é a verdadeira Igreja de Cristo ! Destrua este Templo e a recontruirei em 3 dias ! Jesus não se referia aos Templos das sinagogas ! Mas ao templo de sua alma !teu corpo onde habitava a essência de Deus !seu filho sagrado ! E ao mesmo tempo relatou que depois de 3 dias ele iria ressuscitar !!disse ele a Pedro !=Pedro tu és a pedra ,e sobre esta pedra erguerem o meu templo onde habitarei para que todos possam orar perante Deus ! E ninguém irá mais direto ao Pai primeiro terá de passar por mim ,assim vos atenderei perante Deus é o espírito Santo ! Portanto Cristo deu a Pedro o Cajado onde ele representaria o início de um novo tempo e a fé seria o caminho para ir Deus nosso pai ! E disse ,muitos virão em meu nome, porém serão falsos profetas que inundaram a face da terra para enganar a humanidade ! Mas eu vos enviarei o consolador que virá em meu nome é assim anunciarei o fim dos tempos !
ResponderExcluirO problema deste comentário, Sr. Pedro Luiz Anastácio, é que ele não entra no mérito da matéria.
ExcluirTrata-se de pura consideração interpretativa particular. Recheado de supostas situações bíblicas modificadas, não faz alusão à uma só linha do que foi tratado na matéria, que desconstrói as interpretações de que Pedro esteve em Roma.
De nada adianta afirmar-se como verdadeiro se não se consegue responder, tecnicamente as claras violações da lógica expostas nesta matéria.
Não desrespeitando a sua fé, pois como o Sr. tem o livre arbítrio pode escolher no que quer acreditar, peço-lhe que, caso for responder à esta tréplica, procure se concentrar no que foi escrito na matéria e não ficar fazendo alusões à outras interpretações que nada tem a ver com o assunto (como essa de que Jesus erguerá "seu templo em cima da pedra que é Pedro" ).
Caso não saiba como contra-argumentar a matéria, por favor, procure alguém para lhe ajudar (um Padre talvez)