segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Homossexualismo - É Possível Mudar?

HOMOSSEXUALISMO - É POSSÍVEL MUDAR?
S I M


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Nada contra os homossexuais, mas TUDO contra o homossexualismo. Isso vale para todos: Bêbados, vagabundos, ladrões, viciados, prostitutas.. e até pessoas "certinhas" cujo único defeito é nos odiar ou nos perseguir.
Podemos fazer isso por respeitar a pessoa mas não tolerar para a nossa vida o que de mal ela pratica.
Podemos - e devemos - até mesmo amar essas pessoas. E as amamos por avisar-lhes do seu erro e das consequências... Como um pai faz com um filho para corrigir-lhe.

Publicado no Grupo Taubaté - SP

Publicado no Canal do Grupo Taubaté - SP (Youtube)
https://youtu.be/yJwtyprrBAE
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Publicado no Youtube (Página Pessoal)
https://youtu.be/u3zZ73XTHGw

sábado, 8 de agosto de 2015

As 10 Pragas no Egito

As 10 Pragas no Egito
Uma das "Trindades egípcias", vencidas pelas 10 pragas que ocorreram
no Egito antigo. Eram eles (da esq. para a dir.) Horus, o pai, Osiris, o filho,
as vezes retratado como "deus-rã", e Isis, a "mãe de deus". Muito adorados no passado,
mas depois derrotados pelo Deus dos hebreus, hoje fazem somente 
parte de museus. Esta imagem está no Museu do Louvre na França.

Prólogo
Todo mundo já ouviu falar nas "dez pragas" que Deus lançou sobre o Egito, nos tempo bíblicos de Moisés. Porém a grande maioria não sabe dizer qual a ordem em que foram lançadas. Alguns não sabem dizer nem o nome de três das dez pragas. De fato, até mesmo líderes religiosos, tanto católicos como protestantes, muitas vezes se envergonham de não saberem responder sobre este assunto. Eles costumam desconversar dizendo que "os pormenores do passado não são importantes".
Normalmente, ao falarem nas 10 pragas, até "especialistas" se atém em duas ou três, no máximo, dando ênfase à supostos "truques", ou "coincidências com eventos climáticos ou naturais", negando assim um conhecimento mais profundo sobre o assunto e desacreditando a narrativa bíblica, que naturalmente não foi lida por eles.
Contudo, para os cristãos verdadeiros, a Bíblia toda é importante, desde o início até o fim, porque são palavras do próprio Deus narrando a nossa história. E os pormenores da nossa história narrados na Bíblia não devem ser esquecidos ou relativizados, porque se estão mencionados é porque são importantes para nós. Todo cristão verdadeiro leva a sério as palavras de Jesus, que disse: "Nem só de pão viverá o homem, mas de TODA A PALAVRA que sai da boca de Deus" (Mateus 4:4 - Versão bíblica "Almeida Corrigida e Revisada Fiel")
Mas quais foram as dez pragas? Qual a ordem em que foram lançadas? Por que foram lançadas? E qual é a mensagem que ela passa para os dias de hoje?
Esta matéria vai responder e detalhar, pormenorizadamente, estas e outras questões, que normalmente são menosprezadas pelos líderes religiosos.


Antecedentes
Um pouco da História

Há quase 4.000 anos atrás, o Egito era a maior potência mundial. Era também uma nação politeísta, e seu povo adorava inúmeros deuses, representados por estátuas.
Jacó e seus 11 filhos (Judá, Rubem, Gade, Aser,  Naftali, Manassés, Simeão, Levi, Issacar, Zebulão, e Benjamim) foram morar na terra do Egito chamada Gósen, cedida pelo Faraó egípcio pelos bons serviços que José (também filho de Jacó), havia feito pelo país. José havia sido anteriormente vendido pelos seus irmãos como escravo aos egípcios por causa de sua interpretação dos sonhos. E foi justamente pela interpretação do sonho do Faraó e de sua integridade que José foi colocado como o segundo homem mais importante do Egito.
Logo os descendentes desses filhos de Jacó, chamados de hebreus, se multiplicaram no Egito. Em Gósen, tida pelo Faraó como a melhor das terras do Egito, os hebreus residiram por 215 anos (de 1728 a 1513 AEC).

No início da estadia no Egito os hebreus não eram escravos. Mas com o tempo, depois que José e todos os da sua geração morreram, subiu um Faraó no trono do Egito que não conhecia José. Vendo este que os hebreus se multiplicavam muito no Egito, tratou de colocá-los sobre dura escravidão. E um dos seus decretos para lidar com os hebreus, controlando sua população, era o da morte dos primogênitos.
A esse decreto, sobreviveu um menino, que foi encontrado nas águas do Nilo e chamado de Moisés (que significa "Salvo da Água"), pela filha do Faraó, que o adotou. A filha do Faraó adotou o menino hebreu porque o Rio Nilo era considerado um Deus no Egito e tudo o que vinha dele era considerado um presente daquele Deus.
Moisés, descendente de Levi, então, cresceu e fez parte da casa real do Egito, onde foi instruído na sabedoria egípcia até ficar adulto.
Moisés, porém amava o povo escravizado e queria libertá-lo. Um dia matou um egípcio que estava golpeando um hebreu e por isso fugiu do Egito, indo para a terra de Midiã, onde ficou morando com Jetro, pai de sete filhas. Uma delas, Zípora se tornou sua esposa  e lhe deu dois filhos: Gersom e Eliézer.

Depois de passar 40 anos em Midiã, Moisés entrou em contato com Deus, perto do monte Horebe, que lhe designou como seu mensageiro para que voltasse ao Egito a fim de libertar seu povo. Moisés voltou assim ao Egito para entrar em contato com o Faraó. Moisés foi até o Faraó para lhe pedir que libertasse seu povo para que este fosse adorar no deserto. Mas Faraó, sentindo-se seguro por causa dos deuses que adorava, se negou a fazer isso.
Moisés transformou, perante Faraó, seu bastão em uma serpente. Mas os feiticeiros egípcios também fizeram serpentes com suas mágicas, de modo que o Faraó não ouviu o pedido de Moisés pela libertação. Além disso, endureceu ainda mais a escravidão dos hebreus, fazendo com que estes culpassem Moisés pela calamitosa situação em que agora se encontravam.
Assim, para obrigar Faraó a libertar os hebreus e fazê-lo saber que quem o estava realmente libertando aquele povo era o Deus deles, chamado Jeová, contra o qual nenhum Deus egípcio podia competir, foram lançadas as 10 pragas, sobre o Egito e seu povo (que não afetou Gózen e os hebreus).


O Fim dos Deuses Egípcios

Obviamente não sabemos o nome de todos os deuses egípcios. Os principais porém são lembrados até hoje. O próprio Faraó se julgava um deus, de maneira que as pragas foram golpes contra todos os deuses egípcios, sendo  alguns deles de forma "trina", ou "deuses trinos" ou "trindades".
Cada golpe seria desferido contra um ou mais deuses, fazendo com que seus adoradores os abandonassem. Assim, as pragas no Egito foram batalhas religiosas do Deus verdadeiro contra os deuses falsos das falsas religiões do Egito.
E as pragas, por ordem de acontecimento foram estas:


1ª - Transformação da Água em Sangue:
Quantos deuses egípcios foram destruídos nessa praga? Ao ferir as águas do Egito (inclusive as águas dos vasos e tigelas dos egípcios), transformando-as em sangue, Deus destruiu o "deus do Nilo" Hapi. Além de Hapi, os egípcios acreditavam que o próprio rio Nilo também era um Deus.
Na mesma praga, morreram os peixes do Nilo. No Egito antigo, certas espécies de peixes do Nilo eram adorados como deuses. Seus adoradores os retiravam do rio e os mumificavam colocando-os em santuários.
Houve uma grande sede entre os egípcios e eles foram  cavar poços para poderem beber.
Libertou Faraó os hebreus por causa dessa praga? Não. Como os feiticeiros egípcios conseguiram
fazer a mesma coisa, embora não com a mesma proporção, com suas artes ocultas, o Faraó não atribuiu o feito à algum Deus, mas à truques mágicos e não libertou o povo hebreu.
Alguns hoje dizem que Faraó recebeu informes de "um evento natural que iria acontecer de qualquer maneira", mas não há prova alguma disso. Trata-se de hipótese, pois, caso fosse mesmo um evento natural, sem a intervenção de algum Deus, não haveria como Moisés saber.
O que importou de fato nessa praga foi que a crença em vários deuses egípcios, incluindo 2 dos principais, deixou de existir.

2ª - Râs:
Como Faraó não libertou os hebreus apesar da grande calamidade entre os egípcios por causa da sede, Deus fez subir rãs do Nilo em uma tal quantidade que elas podiam ser encontradas em todos os lugares, inclusive nos fornos onde se faziam pães. As rãs não eram encontradas nos lugares onde hebreus moravam.
Isso foi um golpe mortal no "deus-rã" Heqt, considerado muito poderoso entre os egípcios. Os egípcios acreditavam que haviam "deuses-rãs" no mesmo séquito que Heqt. Estas rãs teriam "participado da criação do mundo e que agora eram os representantes da fertilidade". Assim, essa praga destronou outros deuses-rãs egípcios da "fertilidade" como Osíris, Ptah, e Sebek.
Os feiticeiros egípcios, com seus truques secretos, não tentaram parar as rãs, mas conseguiram fazer subir ainda mais rãs do Nilo.
O Faraó pediu para que Moisés retirasse aquela praga, sob a promessa de libertar o povo escravo.
Moisés orou a Deus pelo fim da praga e as rãs foram embora. Mas o Faraó não cumpriu o que prometeu.
todavia, a crença nos deuses-rãs havia acabado.

3ª - Borrachudos:
A terceira praga foi o aparecimento, a partir do pó, de borrachudos que atingiram tanto as pessoas do povo como os animais do Egito. Dessa vez e a partir dessa praga, os feiticeiros egípcios não conseguiram fazer igual e admitiram  que aquilo era o "dedo de Deus" para o Faraó.
Faraó perdeu a confiança nos seus feiticeiros, mas nem assim se convenceu do poder do Deus dos hebreus e não libertou os seus escravos.
A praga dos borrachudos foi um duro golpe em Geb, o Deus da terra, que controlava os insetos. Por  não ter conseguido impedir que o seu elemento fosse golpeado por outro Deus, a crença nesse deus, por parte dos egípcios acabou.

4ª - Moscões:
Não havia ainda acabado a praga dos borrachudos quando apareceram os moscões em enormes enxames.
A partir dessa praga, foi avisado à Faraó, que obviamente não sabia do fato, que o povo hebreu foi separado do povo egípcio e não sofreu qualquer revés das pragas. Os moscões invadiram apenas as casas dos egípcios, mas nem chegaram perto das casas dos hebreus.
O Egito ficou literalmente arruinado por causa dessa praga e o Faraó disse que mandaria o povo hebreu embora caso essa praga fosse retirada. Moisés pediu pelo fim da praga e quando ela acabou o Faraó, novamente não cumpriu o que prometeu. Apesar disso outros deuses egípcios caíram do altar.
Os egípcios já não contavam mais com Geb para se protegerem dos insetos e resolveram invocar deuses "maiores" que ele. Não funcionou. Três desses deuses egípcios, entre outros "menores", foram desmoralizados: A deusa Buto, "padroeira do Egito", o deus Hórus, "protetor do Egito" e a deusa-Céu Nut, que acreditavam ser a "protetora do ar egípcio".

5ª - Peste no Gado:
No dia seguinte à conversação de Moisés com Faraó, houve uma peste no inteiro gado egípcio - incluindo cavalos, jumentos e camelos. Mas nem uma única cabeça do gado hebreu foi atingida.
De nada adiantou as preces dos egípcios à "deusa-vaca" Nut (não confundir com a "deusa-céu" Nut), uma mulher com cabeça de vaca, que acreditavam ser a "protetora do gado egípcio".  Seus adoradores ficaram frustrados e a abandonaram.
O Egito já não possuía mais gado suficiente para sobreviver. Iria faltar até o leite para suas crianças, mas nem assim  o Faraó recuou. Endureceu seu coração é não dispensou o povo hebreu. Faraó mostrava ser cruel até com seu próprio povo.

6ª - Furúnculos:
Desde a das rãs até a da peste no gado, as pragas foram anunciadas à Faraó, com um dia de antecedência, que elas ocorreriam
Mas esta praga não foi anunciada à Faraó com antecedência. Ela aconteceu no mesmo instante em que este estava em reunião com Moisés e Arão. Estes jogaram cinzas de um forno de calcinação para o ar, perante Faraó, e as cinzas se transformaram em furúnculos. Os furúnculos se espalharam daquele local para toda a terra do Egito, menos para a terra de Gósen.
Os furúnculos atingiram todos os egípcios, desde o Faraó até o seu servo e também o que havia sobrado do  seu gado, deixando todos com terríveis e ardentes bolhas pelo corpo todo. Os já desacreditados feiticeiros egípcios foram atingidos de tal forma que não puderam sequer ficar de pé diante de Moisés. Isso minou a confiança dos egípcios em qualquer sacerdote de qualquer religião egípcia.
Tot, Deus da "medicina", que se acreditava conhecer "todas as fórmulas para curar doenças" nada pode fazer. Junto dele o "deus-médico" Amon-Rá, considerado "curador dos males dos egípcios" se mostrou inútil. Ambos desapareceram durante essa praga.
O próprio Faraó, o obstinado "deus vivo egípcio" atingido por bolhas e humilhado diante de todo o povo nada pode fazer. Mas nem mesmo diante disso, o "deus" Faraó permitiu a saída do povo hebreu. A crença nele por parte de seus súditos estava abalada.

7ª - Saraiva:
Moisés foi então ter com Faraó para dizer-lhe exatamente o que Deus lhe mandou: Que Ele já poderia ter golpeado Faraó mortalmente devido a sua obstinação. E se ele, Faraó, não dispensasse o povo hebreu, no dia seguinte haveria uma saraiva tão forte sobre o Egito, como nunca houve antes.
Foi dado até um aviso para que as pessoas e animais fossem recolhidos, pois se ficassem para fora dos abrigos seriam mortos.
Muitos do povo egípcio, inclusive alguns da corte do Faraó, já temia o Deus dos hebreus (o Deus verdadeiro) e deram consideração a essas palavras. Mas aqueles que preferiram ainda acreditar nos deuses que sobraram, viram cair sobre si uma saraiva tão forte, acompanhada de trovões e fogo, que destruiu tudo o que estava no campo, inclusive quase toda a vegetação, agravando ainda mais a fome já reinante entre o povo do Egito.
Os deuses Xu,  Reshpu e Tefnut, que formava a "Trindade responsável pelo tempo no Egito", não importasse o quanto fossem venerados, não puderam impedir essa catástrofe. E desapareceram.
O Faraó chamou Moisés e suplicou-lhe que mandasse parar os trovões, sob promessa de liberar o povo hebreu. Moisés disse que faria parar a saraiva, mas que já sabia que o Faraó e os seus servos
não mostrariam temor ao verdadeiro Deus por causa disso.
E assim aconteceu. O Faraó, mesmo depois de ouvir as palavras de Moisés sobre seu duro coração, assim que viu que as chuvas tinham passado, não permitiu a saída do povo hebreu.

8ª - Gafanhotos:
Foi depois da saraiva que Deus disse a Moisés que deixou o coração do Faraó ficar endurecido, para que Ele colocasse esses sinais no Egito, a fim de que todos saibam que Ele é o único Deus verdadeiro. O único que pode fazer tais coisas.
Quando Moisés foi de novo a Faraó dizer-lhe para soltar seu povo, acrescentou uma pergunta, ordenada por Deus: "Até quando se negará a se submeter-se a  mim (a Deus)?".
Disse-lhe Moisés também que no dia seguinte o Egito sofreria uma invasão de gafanhotos como nunca se havia visto antes. Ouvindo isso, até os servos mais leais do Faraó ficaram temerosos e lhe perguntaram: "Por acaso não sabe ainda que o Egito já pereceu?".
O Faraó, vendo seu povo desesperado e querendo mostrar-lhes que era poderoso, mandou chamar Moisés e Arão de volta e perguntou-lhe especificamente quem é que ia para o deserto. Moisés lhe respondeu que iriam todos eles, junto com tudo o que possuíam.
O Faraó, querendo fazer parecer que Moisés era ardiloso, disse-lhe que estavam agindo com más intenções. Ele não queria deixar que os pequeninos saíssem pois queria manter para o Egito uma reserva de escravos. E com essa resposta ele expulsou Moisés de sua presença negando-lhe o pedido de saída antes de acontecer a praga.
Conseguiu Faraó o que queria? Não. Com a sua desastrada tentativa de negociar com Moisés ele aumentou ainda mais o medo que os egípcios tinham do Deus dos hebreus.
Então vieram os gafanhotos e eles foram muito nocivos, comendo tudo o que a saraiva não destruiu. Não sobrou nada verde no Egito e até a terra ficou escura por causa do tapete de gafanhotos que se formou.
Não havia como impedir ou se livrar daquele horror, de modo que Faraó chamou Moisés lhe prometendo mandar embora o seu povo, caso este o livrasse daquela praga. Deus então limpou o Egito, lançando os gafanhotos no mar Vermelho. Porém o Faraó endureceu seu coração e não deixou o povo partir.
O deus Min, retratado como "aquele que segurava raios com as mãos", sendo o  "protetor da colheita do Egito", e aquele que "impedia que o mal tempo afetasse as plantações egípcias" foi, nesta praga tornado nulo.

9ª - Escuridão:
Por três dias houve escuridão no Egito. Todo egípcio não ousou nem se levantar do lugar onde estava, porque não enxergava absolutamente nada a frente. O Egito parou. Mas para o povo hebreu em Gósen havia luz.
Depois disso Faraó, tentou negociar mais uma vez e chamou Moisés, lhe dizendo que poderiam ir até os pequeninos, mas que o gado hebreu ficaria detido. Moisés disse que levaria também o gado, pois seria dele que se tomaria alguns para sacrifícios a Deus e que nenhum único casco do gado seria deixado no Egito.
O Faraó, que não admitia ser contrariado, se obstinou novamente e além de não deixar partir ninguém, disse a Moisés que se ele visse novamente a sua face, morreria. Quais foram as consequências desta praga?
Além de parar o Egito por 3 dias, como se ele estivesse morto, a praga apagou as "luzes de ", o "deus-sol", um dos mais fortes deus egípcios. Também a deusa Sequet, "fornecedora de luz" não pode  fazer nada por seus adoradores.
Tot, o "deus da medicina" que  foi destruído na 6ª praga, era também o "deus-lua". Dele alguns ainda esperavam pelo menos a luz da lua a noite. Mas Tot também não conseguiu vencer a escuridão. Seus adoradores não conseguiram nem sequer vê-lo para poder invocá-lo.

10ª - Morte dos Primogênitos Egípcios:
Faraó havia dito que Moisés morreria se ele tornasse a vê-lo. Mas isso não aconteceu. Moisés esteve diante dele para solicitar-lhe saída dizendo que, caso contrário, morreria todo primogênito egípcio, desde o filho do próprio Faraó e de seus servos até o primogênito dos poucos animais que haviam sobrado das pragas anteriores.
O povo do Egito, na quase miséria total, já estava mortificado de terror por causa do Deus dos hebreus, de forma que Faraó prometeu deixar partir o povo.
Mais tarde contudo, ele não acreditou que aquilo que Moisés disse fosse acontecer. Ele acreditava que, como sendo "deus", seu filho também era um "deus" e, sendo mais forte que os outros deuses já destruídos, não poderia ser morto. Diante dessa confiança em si mesmo, não deixou o povo hebreu partir.
A meia noite, conforme havia dito Moisés, todos os primogênitos egípcios, desde o filho do Faraó até o cabritinho das manadas remanescentes estavam mortos. Houve um grande clamor no Egito, porque não havia sequer um lar egípcio sem que houvesse uma pessoa morta dentro dele.
Quase não haviam mais deuses no Egito. Os que sobraram caíram com esta praga.  O Deus Bes, "protetor da casa real" e o próprio Faraó que era considerado um Deus, descendente de o "Deus sol". O "deus Faraó" não pode salvar da morte o seu "filho deus".
Faraó, depois disso, estava literalmente acabado. Mandou que o povo hebreu fosse embora e ainda pediu a bênção de Moisés. O próprio povo egípcio forçou a saída dos hebreus lhe dando despojos.

A Morte do Último "Deus" Egípcio
Todos os falsos deuses egípcios estavam "mortos".  Mas com a abertura do Mar Vermelho, morre afogado o último "deus" egípcio: o próprio Faraó.
É interessante que, ao contrário do que muitos pensam, o Faraó não se chamava Ramsés II, mas provavelmente Ni-maat-Re.
Como ele morreu? Convencido de sua total derrota por outro Deus e obcecado pela ideia de vingança, junto com o que sobrou de seu Exército perseguiu os hebreus. Ignorou até a abertura milagrosa de um mar diante de si e por isso  foi destruído na água do mar Vermelho.
Foi colocado como mentira até mesmo o que ele disse enquanto estava vivo. O Faraó se vangloriava por dizer que vivia segundo um antigo poema que costumava recitar: "“Lute a favor do seu nome (do dele mesmo)... Não existe túmulo  para o rebelde contra a majestade dele, e seu cadáver é lançado  na água.”


Conclusão:
Depois destes eventos, a história bíblica conta sobre a vagueação do povo hebreu rumo a terra prometida, que duraria 40 anos dentro do deserto do Sinai, até que Moisés, na idade de 120 anos morreu.
Tanto Moisés, quanto toda a sua geração que  haviam sido escravos no Egito morreu no deserto e somente a geração que nasceu livre passou para terra que "mana leite e mel".
Mas a história do que aconteceu aos egípcios marcou tanto as gerações futuras que deixou bem claro uma mensagem, para todas as gerações futuras: Que contra o Deus Jeová, é o único Deus Verdadeiro, nenhum outro, "deus" ou homem, tem qualquer poder.
Deixa clara também que todos os atuais deuses existentes, incluindo os modernos "deuses trindades" (do catolicismo e do protestantismo), cairão diante do seu poder. O povo de Deus então "herdará a terra e viverá sobre ela para todo o sempre" (Salmos 37:29 -
Em algumas versões católicas esse texto está em Salmos 36:11, com algumas modificações no texto).


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Textos em Azul - Retirados de obras diversas
Textos em Verde - Retirados da Bíblia

Período bíblico abrangido nessa matéria:
De Gênesis 37: 1... que narra a história de José, filho de Jacó, que foi vendido ao Egito, pelos próprios irmãos até Êxodo 14:29... que narra a libertação através da abertura do Mar Vermelho.
Você mesmo pode ler, na sua própria Bíblia, mais detalhes dessa história.










sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Pedro Nunca Esteve em Roma



Pedro Nunca Esteve em Roma
 Suposto "Túmulo de Pedro" em Roma. Atribuir ossos anônimos à alguém é forçar a imaginação.
A própria Enciclopédia Católica  admite que, apesar da atribuição, "não tem como provar" se é
ou não o que diz que é. O mesmo acontece com a afirmação de que Pedro esteve em Roma.

Prólogo
Os que defendem a Igreja Católica afirmam que "Pedro Foi o primeiro Papa". Essa afirmação alicerça tudo o que vem da Igreja, até mesmo os seus erros.
Os católicos então, baseados nessa afirmação, se sentem seguros de que, não importa o que tenha acontecido na História, como as atrocidades da Inquisição, das corrupções de Papas, dos rumorosos casos de pedofilia entre os padres e nem como não saberem explicar a desastrosa atitude da igreja diante desses fatos na História, ela "está certa". E "está certa porque Pedro foi o primeiro Papa".
Enciclopédia Católica (em inglês) de 1911 fala sobre essa "certeza católica": “Isto é o alicerce histórico da reivindicação da Primazia Apostólica de Pedro pelos Bispos de Roma.”

Mas para afirmar que Pedro foi Papa é preciso dizer que ele esteve em Roma, uma vez que toda a História da Igreja é ligada àquela cidade. Dizer - e comprovar - isso é de vital importância para a Igreja, já que também se afirma que "Pedro fundou a Igreja em Roma".
Assim, espera-se deste fato (de Pedro ter estado em Roma) o "apoio de uma prova histórica" fidedigna para alicerçar a igreja.

O que dizer dessa "prova histórica"? A Enciclopédia Católica afirma que esta existe, dizendo: “A residência e a morte de S. Pedro em Roma são estabelecidas além de contestação como fatos históricos por uma série de testemunhos diferentes, estendendo-se desde o fim do primeiro até o fim do segundo século.” De modo similar, a Nova Enciclopédia Católica (em inglês), com certa reserva observa: “É bastante certo que Pedro passou os seus últimos anos em Roma.”
Todavia é preciso levar em conta que estas são apenas afirmações antigas, nas quais a Enciclopédia acima citada se baseou. Estariam estas afirmações corretas só porque uma Enciclopédia disse que estão? Note que a  frase "bastante certo" não fornece certeza. E a Enciclopédia não se aprofunda em pormenores sobre o assunto. Assim, analisando os fatos históricos comprovados sobre o assunto, esta pergunta será respondida nesta matéria.
Para responder à essa questão é preciso analisar o que são os citados "testemunhos diferentes", pela Enciclopédia Católica, para provar a sua afirmação?

Antes disso porém veremos o que a Bíblia, o livro onde tudo a respeito dos primórdios do cristianismo começou está escrito e no qual todos devem se basear caso queiram conhecer Cristo e o cristianismo verdadeiros. Os defensores da Igreja Católica também dizem que "a Bíblia fornece evidência de que Pedro esteve em Roma". Vejamos então essas  "evidências bíblicas":


Uma Interpretação Forçada

O testemunho mais antigo, usado pelos católicos, é o de 1ª Pedro 5:13 que diz: “Aquela que está em Babilônia, escolhida igual a vós, manda-vos os seus cumprimentos".
Este texto bíblico é interpretado como se o próprio Pedro dissesse ter estado em Roma. Seria essa interpretação correta? Dizem que "Pedro estava chamando Roma de Babilônia porque as cidades se assemelhavam, segundo o que diz Apocalipse 17:5 e 18:10". Seria lógico concluir que Pedro se baseou nos escritos do  Apocalipse para substituir os nomes? Não. Pois o Apocalipse foi escrito, no final do 1º Século, por João o último apóstolo vivo na época. Pedro e os outros apóstolos já estava mortos á época em que se escreveu sobre a simbólica Babilônia bíblica. Além disso o entendimento sobre o significado da Babilônia do Apocalipse não era para aquele tempo mas para tempos vindouros (Apocalipse 22:10). E há mais. Observe esses raciocínios:

A - Substituir nomes de cidades para que outros interpretassem ou adivinhassem o que estavam querendo dizer, não era próprio  dos apóstolos que escreveram a Bíblia. Paulo também enviava cumprimentos aos cristãos quando lhes escrevia das cidades onde estava (Em Galácia, por exemplo [Gálatas 1:1,2]). Haveria alguma razão para Paulo substituir os nomes das cidades onde estava? Não. Tampouco o fizeram os outros escritores bíblicos, incluindo Pedro, ao escreverem suas cartas. De maneira que não há motivo válido que justifique a interpretação de que somente no texto de 1ª Pedro 5:13, houve tal modificação.
Não haveria motivo algum para Pedro ter ocultado ou disfarçado o nome de Roma. E de todas as cidades mencionadas nas cartas apostólicas esse seria o único caso. Mas suponhamos que Pedro estivesse mesmo em Roma. Também não haveria motivo para disfarçar o nome. Se assim fosse outro apóstolos teria, que realmente esteve em Roma, também evitaria escrever o nome 'Roma' em suas cartas e o apóstolo Paulo não escreveria aos "romanos", mas aos babilônicos, o que não foi o caso (Romanos 1:1).

B - Nem mesmo a literatura oficial católica fornece a certeza esperada para a interpretação. Numa nota ao pé da página, na Nova Bíblia Americana (em inglês), uma moderna tradução católica romana, identifica-se esta “Babilônia” do seguinte modo: “Roma, a qual, assim como a antiga Babilônia, conquistou Jerusalém e destruiu seu templo.”.  Mas esta mesma tradução católica reconhece que, se Pedro escreveu a carta, “ela deve datar de antes de 64-67 A. D., período em que (supostamente) se deu sua execução sob Nero”. Pedro escreveria sobre Roma como a conquistadora de Jerusalém?
Dificilmente.  Jerusalém só foi destruída pelos romanos em 70 E.C, depois de Pedro escrever suas cartas. De modo que, no tempo em que Pedro escreveu a sua carta, não existia nenhuma correlação entre Babilônia e Roma como conquistadores.

Conclusão Lógica:
De maneira que a ideia de que Babilônia significa Roma é uma interpretação forçada, sem apoio de fatos bíblicos comprobatórios.
Tal interpretação só satisfaz o povo comum, que não conhece a Bíblia, mas não as pessoas sinceras que querem saber a verdade.
Por isso ela foi questionada por muitos defensores católicos romanos dos séculos passados, incluindo Pedro de Marca, João Batista Mantuan, Miguel de Ceza, Marsile de Pádua, João Aventin, João Leland, Charles du Moulin, Luís Ellies Dupin e o famoso Desidério (Gerhard) Erasmo. Por exemplo, o historiador eclesiástico Dupin escreveu:
A Primeira Epístola de Pedro é datada de Babilônia. Muitos dos antigos compreenderam este nome como significando Roma; mas não aparece nenhum motivo que pudesse induzir S. Pedro a mudar o nome de Roma para o de Babilônia. Como poderiam aqueles a quem escreveu entender que Babilônia significava Roma?
Daú surge a pergunta: Se Pedro não esteve em Roma e esteve em Babilônia, como se prova isso?


Pedro Esteve na Babilônia?
Além das referências a “Babilônia, a Grande”, no livro de Revelação ou Apocalipse, que ainda não havia sido escrito na época de Pedro, apenas uma cidade é chamada Babilônia nas Escrituras Sagradas. Esta cidade é a própria Babilônia, situada junto ao Eufrates. Teria sido de lá que Pedro escreveu?
Sim. Embora Babilônia estivesse em decadência depois de sua queda diante dos medos e dos persas, ela continuou a existir. Havia uma considerável população judaica na vizinhança de Babilônia, nos primeiros séculos da Era Comum, aos quais Pedro foi enviado.
A enciclopédia The International Standard Bible Encyclopedia Comprova: ‘Babilônia permaneceu um foco do judaísmo oriental durante séculos, e, das discussões nas escolas rabínicas ali foi elaborado o Talmude de Jerusalém no quinto século de nossa era, e o Talmude de Babilônia, um século depois.’

Se Pedro estivesse em Roma teria dito isso de forma clara, como Paulo o fez. Ele não precisava de uma linguagem figurativa para escrever às pessoas, já que elas eram para ser lidas em público e por qualquer um. Assim não haviam razões para mudar nomes da cidades ou de qualquer outra coisa que quisessem dizer.
Pedro quis dizer exatamente o que escreveu. Isto se torna evidente da decisão que tomou alguns anos antes de escrever sua primeira carta inspirada. Numa reunião com Paulo e Barnabé, ele concordou em continuar a devotar seus esforços para divulgar o evangelho entre os judeus.
Lemos na carta de Paulo aos gálatas: “Viram que a evangelização dos incircuncisos me era confiada [i. e., a Paulo], como a dos circuncisos a Pedro, (por que aquele cuja ação fez de Pedro o Apóstolo dos circuncisos, fez também de mim o dos pagãos [gentios]). Tiago, Cefas e João, que são considerados as colunas, reconhecendo a graça que me foi dada, deram as mãos a mim e a Barnabé em sinal de pleno acordo: iríamos aos pagãos, e eles aos circuncidados [judeus].” (Gálatas. 2:7-9, versão bíblica Centro Bíblico Católico).
Por conseguinte, Pedro teria razoavelmente trabalhado num centro do judaísmo, tal como Babilônia, em vez de em Roma, com a sua população predominantemente gentia ou pagã, para onde Paulo e Barnabé foram.
Esse texto bíblico não deixa dúvidas. Pedro realmente foi enviado, pela comissão dos apóstolos, que assim achou apropriado,  à Babilônia, onde estavam os judeus circuncisos e não à Roma, dos gentios e pagãos para onde Paulo foi enviado.

A Importância de Pedro entre os Apóstolos
E se Pedro foi enviado aos judeus da Babilônia e não aos pagãos de Roma. Como poderia ser Pedro enviado, caso ele fosse "o chefe" dos apóstolos?
É interessante também notar que Paulo (e nem qualquer outro apóstolo) nunca fez referência de Pedro como o mais importante dos apóstolos. Quando ele se referiu à "colunas" haviam também mais dois na mesma posição que Pedro (Tiago e João). Tampouco João, que escreveu o Apocalipse, depois da morte de Pedro, se referiu à ele como tendo sido "o chefe" ou o fundador de alguma coisa, o que certamente teria feito, caso Pedro tivesse sido mesmo o que a igreja diz dele.

Assim, nos moldes bíblicos, não há razão para dizer que ela apoia a Ideia de Pedro em Roma
Mas o que dizer de outros escritos antigos, ou os "testemunhos" mencionados pela Enciclopédia Católica no início desta matéria?


Os "Testemunhos"

1 - O Testemunho de Clemente
Analisar os ditos "testemunhos", mencionados como "provando" que Pedro esteve em Roma, implica em descobrirmos mais interpretações forçadas.
Por exemplo, diz-se que Clemente (Roma 35 - 97 - Datas convencionadas), Bispo de Roma, alegadamente o "4º Papa, "atestou a presença de Pedro em Roma" quando escreveu
Coloquemos diante dos nossos olhos os ilustres apóstolos. Pedro, por inveja injusta, suportou não um, nem dois, mas muitos padecimentos; e quando por fim sofreu o martírio, partiu para o lugar de glória que lhe era devido. Por causa de inveja, Paulo também obteve a recompensa da perseverança paciente, depois de ter sido sete vezes lançado no cativeiro compelido a fugir e apedrejado. Depois de pregar tanto no leste como no oeste, obteve a reputação ilustre devida à sua fé, tendo ensinado a justiça ao mundo inteiro e atingido o extremo limite do oeste, e tendo sofrido o martírio sob os prefeitos.”
Sobre estes comentários, o erudito católico romano Lardner observou:
Em vista destas passagens, acho que se pode concluir corretamente que Pedro e Paulo foram mártires em Roma, no tempo da perseguição por Nero. Pois sofreram entre os romanos, onde Clemente era bispo, e em cujo nome ele escreveu aos coríntios.
É interessante que se diz que Clemente foi "o 4º Papa" tendo vivido antes de João ter escrito Apocalipse. João no entanto, não menciona um papado entre os apóstolos em seu livro, o que teria feito com certeza, caso este fosse mesmo fato entre eles.

Voltando ao "Testemunho de Clemente".  Atesta este que Pedro esteve em Roma? Não. Basta ler com mais atenção o que ele escreveu.  É verdade que Clemente menciona tanto Pedro como Paulo. Mas em parte alguma do texto ele diz que ambos sofreram a morte de mártires em Roma. Refere-se apenas a Paulo como pregando “tanto no leste como no oeste”, As referências à Pedro mencionam apenas os seus padecimentos "por injusta inveja". Colocar Pedro em Roma com base no que Clemente escreveu é forçar uma interpretação, assim como fizeram com o texto bíblico de 1ª Pedro 5:13.
De modo que o testemunho de Clemente na realidade argumenta contra Pedro ter estado em Roma.


2 - O Testemunho de Inácio
Outra fonte primitiva citada em apoio da residência de Pedro em Roma é Inácio, do fim do primeiro século e princípio do segundo século E. C. Inácio disse aos cristãos em Roma:
Eu não vos dou mandamentos, assim como Pedro e Paulo. Eles eram apóstolos; eu sou apenas um homem condenado”.
Explicando estas palavras, a Enciclopédia Católica diz: “O significado desta observação 'deve ser' que os dois Apóstolos trabalharam pessoalmente em Roma e pregaram o Evangelho ali com autoridade apostólica.”

É válida tal conclusão da Enciclopédia Católica? Ou até mesmo as palavras usadas "deve ser" indicam que se trata de uma interpretação hipotética?
Colocar Pedro e Paulo juntos em um mesmo texto indica que eles estavam em Roma? Não. Pois eles estiveram juntos também em outras localidades.
A a frase escrita não indica nem que 'estavam juntos'. Inácio somente citou dois dos 12 apóstolos, embora poderia ter citado mais. Inácio simplesmente diz que Paulo e Pedro, como apóstolos, "deram mandamentos", sem citar um lugar específico.
Além disso, deve ser lembrado que "mandamentos" podem ser dados por meio de cartas, por mensageiros ou mesmo verbalmente quando alguém é visitado por pessoas de outros lugares. Não há necessidade de que alguém transmita alguma mensagem (ou mandamento) esteja presente em pessoa na cidade onde se encontra o mandado.
Assim, este "testemunho" também nada diz sobre a pretendida presença de Pedro em Roma.

3 -  O Testemunho de Irineu
No entanto, o "testemunho" que os defensores da tese "mais apreciam" é o de Irineu (130-202), bispo e teólogo grego do Séc II DC, Nele lemos:
Mateus também forneceu um Evangelho escrito entre os hebreus, no próprio dialeto deles, enquanto Pedro e Paulo pregavam em Roma e lançavam os alicerces da Igreja.”  Além disso ele  colocou também uma referência à “Igreja universalmente conhecida, fundada e organizada em Roma pelos dois apóstolos mais gloriosos, Pedro e Paulo”.

Ao que tudo indica porém, Irineu nunca fez estas declarações . Por que não? Porque os seus escritos, em grego, se perderam. Não existe um único fragmento deles nos dias atuais. De maneira que tudo o que se refere à Irineu não pode ser comprovado.
Estas palavras foram atribuídas a ele e são traduzidas duma versão em latim inferior, encontrada séculos depois, quando a Igreja católica já dominava grande parte do mundo ocidental.
Um escritor latino, católico fervoroso,  exatamente como fazem nos dias atuais, poderia ter facilmente criado esses pontos sobre Pedro e atribuído à Irineu.
Que tem havido falsificações similares é admitido por Luís Ellies Dupin, historiador eclesiástico, sendo ele próprio católico romano:“Os católicos inventaram histórias falsas, milagres falsos e vidas falsas dos santos para nutrir e manter a piedade dos fiéis.” - disse ele.
Entretanto, alguns defensores da veracidade dos escritos de Irineu, alegam que, "se criaram falsos escritos de Irineu, por que não criaram também de Inácio e de Clemente?" Trata-se de um raciocínio muito fraco e serve apenas para alimentar discussões inúteis, pois a resposta é óbvia: De Inácio e Clemente existem os escritos verídicos para comparações, mas não de Irineu.

Além disso há outra evidência,  mais forte ainda contra as declarações supostamente feitas por Irineu. É o desacordo desses escritos com a Bíblia.
Conforme evidencia a carta de paulo aos romanos, já havia cristãos em Roma antes de o apóstolo Paulo chegar àquela cidade. Isto é reconhecido na introdução do livro dos Romanos na Nova Bíblia Americana, católica:
Visto que nem a primitiva tradição cristã, nem a carta de Paulo aos romanos menciona um fundador da comunidade cristã em Roma, pode-se concluir que a fé cristã veio àquela cidade por meio de membros da comunidade judaica de Jerusalém, que eram conversos cristãos.”
De maneira que não há razões para se concluir que Paulo ou Pedro "fundaram alicerces" do cristianismo em Roma. Os cristãos já estavam por lá à anos.


4 - Testemunho Arqueológico
Da mesma forma como os "testemunhos" vistos acima não tem qualquer fundamento, a aparente "evidência histórica" da estada de Pedro em Roma, quando examinados de perto, também não fornecem a esperada "prova".
Escavações em Roma trouxeram à luz os restos do que se pensa ter sido um pequeno monumento funerário. Os que relacionam este monumento com um suposto túmulo de Pedro baseiam sua conclusão na presunção de que "ele esteve em Roma". Mas  A Nova Enciclopédia Católica admite a respeito dos ossos encontrados ali:
O exame anatômico e geológico indica que estes ossos são do 1.° século; entre eles encontram-se os ossos de um homem de grande estrutura. Mas não há maneira de se provar que sejam os ossos de S. Pedro.”
Atribuir ossos anônimos encontrados à uma pessoa é querer forçar a imaginação. Por isso não há evidência sólida, quer arqueológica, quer histórica, para se confirmar o requerido. Trata-se claramente de afirmações sem base sólida alguma.


Conclusão: Porque Roma?
É digno de nota que se mencione que, antes de Roma, outras cidades (como Jerusalém, Belém e Nazaré por exemplos) já haviam recebido a pregação de Pedro e juntavam expressivo número de cristãos. Caso Pedro fosse o fundador de alguma igreja não seria lógico que fosse em alguma dessas cidades ao invés da Roma?
As vezes a alegada "fundação da igreja em Roma" é atribuída, não à Pedro, mas à  Jesus, que depois a "repassou para Pedro", Mas Jesus nunca esteve em Roma. Realmente o berço do cristianismo é a região da Galileia. Assim, dizer que a igreja foi "fundada em Roma" é o mesmo que dizer que "Cristo esteve em Roma", o que coloca as afirmações católicas em conflito e menospreza o rico e comprovado início da história do cristianismo na Galileia.
É curioso também que, nos dias atuais, os próprios católicos consideram como "terra santa", não Roma ou o Vaticano (este fundado somente em 1929), mas a região da Galileia, onde Jesus pregou.
Então faz-se a pergunta: Porque Roma?

A verdade é que nem Pedro e nem Jesus foram fundadores de igreja. Como vimos, Pedro nunca esteve em Roma. E ele também não pretendia ser o "Príncipe dos Apóstolos" e nem mesmo privilegiar Roma em detrimento de outras cidades.
A igreja formada em Roma nada tem a ver com os cristãos ou com a história do cristianismo. Ela é fruto de um objeto político do então Império Romano a partir do Imperador Constantino (272-337), fundada por políticos romanos no Séc IV, sendo usada como instrumento de "união" entre os povos conquistados por Roma. Não é a toa que muitos Papas, principalmente naqueles primórdios da igreja romana, foram todos eles ligados ao imperadores romanos, como sendo chefes de sua "religião oficial" do Império.

Que lógica teria a religião, alegadamente "cristã" se intitular também 'Romana', uma vez que também se diz que Pedro chamou Roma de Babilônia, justamente por ser este império que lhe causou tanto mal?


Notas:
Frases em Azul correspondem a textos de obras literárias seculares
Frases em Verde correspondem à textos bíblicos